Programa de Unidades Sentinela de Dengue - Vigilância Laboratorial (Biologia Molecular)

O programa de Unidades Sentinela de Dengue foi desenvolvido pelo LACEN/PR em parceria com a SESA/PR para o monitoramento dos sorotipos circulantes de dengue, vigilância laboratorial da introdução em regiões não endêmicas e acompanhamento da introdução e circulação de outros arbovírus (Chikungunya, Zika, Febre Amarela e desde 2023, Mayaro e Oropouche). Iniciado em 2020, atualmente o programa contempla 65 Unidades de Saúde distribuídas de forma representativa em 59 Municípios por todo território do estado do Paraná e constitui a base para a Rede de Vigilância Laboratorial de Arbovírus – Biologia Molecular.

 Mapa com a distribuição dos Municípios com US-Dengue 

Municipios us dengue

 

A distribuição das Unidades Sentinela foi realizada mediante análise epidemiológica histórica, critérios demográficos e geográficos. Os municípios foram selecionados com o objetivo de monitoramento e vigilância epidemiológica. As unidades responsáveis pela coleta foram definidas pelos municípios levando em consideração as seguintes premissas:

  • Atendimento aberto ao público
  • Ausência de atendimento especializado

Para a coleta de amostras, todas as Unidades Sentinelas de Dengue utilizam os mesmos critérios, sendo adotada a definição de caso preconizada pelo Ministério da Saúde.

 

Como o Programa Funciona? 

Cada Unidade de Saúde participante do programa é responsável por enviar ao Lacen/PR semanalmente amostras coletadas de 5 pacientes ambulatoriais que tenham suspeita de dengue. A análise dos resultados obtidos para essas amostras permite definir, de maneira regionalizada, quais são os sorotipos de Dengue circulantes e se está ocorrendo introdução de dengue em regiões não endêmicas. Conhecer o padrão de circulação dos sorotipos de dengue permite compreender melhor a dinâmica da doença, estudar possíveis alterações de apresentação clínica, e compreender a dinâmica das epidemias e suas dimensões. As amostras do Programa Sentinela também são submetidas à pesquisa dos vírus Chikungunya, Zika, Febre Amarela, Mayaro e Oropouche o que permite o acompanhamento da introdução e circulação desses arbovírus no território estadual.

1. Por que este Programa foi desenvolvido? Qual o objetivo?

R: O Programa de Unidades Sentinela para Dengue no Estado do Paraná tem por objetivo realizar a Vigilância Laboratorial da Dengue (identificação de sorotipos circulantes) de maneira rápida, precisa e custo-efetiva. As análises laboratoriais são realizadas pelo Lacen/PR, laboratório de referência para a Saúde Pública estadual, cujo escopo de atuação visa gerar informações para subsidiar as ações de Vigilância Epidemiológica no Estado. Os dados gerados pelo Programa de Unidades Sentinela para Dengue permitem responder as principais questões relativas à vigilância laboratorial das arboviroses: monitoramento dos sorotipos circulantes de dengue, vigilância laboratorial da introdução em regiões não endêmicas e acompanhamento da introdução de outros arbovírus.

2. Quem pode enviar? Quais amostras enviar?

R: Conforme critérios pactuados na NT 06/2019/CVIA/LACEN/DAV, atualizada em 2023 (clique aqui e acesse) e Deliberação Nº 163 da CIB, que aprova as Unidades Sentinela de Dengue no Estado do Paraná, as amostras enviadas para Biologia Molecular são aquelas provenientes de Unidades Sentinelas (5 amostras semanais de cada uma das 60 Unidades Sentinela, totalizando 325 amostras de pacientes ambulatoriais dos Grupos de Estadiamento Clínico A e B). Além das amostras coletadas através do Programa de Unidades Sentinela, o Lacen/PR também analisa amostras de pacientes Internados, Gestantes, Casos Graves e Óbitos por suspeita de Dengue (Grupos de Estadiamento Clínico C e D). Para saber como proceder em cada caso, consulte o item Fluxogramas de Envio.

3. Meu munícipio não possui US. O que fazer?

R: Pacientes com suspeita de Dengue atendidos em Unidades Não Sentinela que tenham Estadiamento Clínico nos Grupos A e B (casos ambulatoriais) não devem ter amostras enviadas para Pesquisa Molecular de Arbovírus pelo Lacen/PR. Lembre-se que nestes casos o exame poderá não ser realizado. Para saber como proceder nestes casos, consulte Fluxograma de Envio 1 - Casos Suspeitos de Dengue sobre a coleta de amostras em Unidades Não Sentinela.

4. A suspeita do caso não é Dengue, mas sim de outro Arbovírus como Febre Amarela, Zika ou Chikungunya. Como proceder?

R: As Unidades Sentinela estabelecidas são para a vigilância laboratorial da Dengue. Em casos de suspeitas destes outros agravos deve-se proceder com a Notificação do Agravo no sistema SINAN e coleta de amostra, independente do local de atendimento. Deve-se observar há quantos dias o paciente apresenta sintomas e solicitar o exame adequado para cada fase da doença. Maiores informações sobre a coleta de exames podem ser encontradas no “Manual de Coleta de Amostras Biológicas”, disponível na aba “Manuais”, no site do Lacen/PR.

A amostra enviada ao LACEN/PR deve obrigatoriamente ser acompanhada de uma cópia da ficha de notificação no SINAN, devidamente preenchida, para o respectivo agravo. Caso esse documento não acompanhe a amostra, o exame poderá não ser executado. Lembramos que o LACEN/PR possui mecanismos para cruzamento de dados entre exames solicitados, motivos e resultados. Assim, o sistema é capaz de identificar requisições de exames que atestem suspeitas de infecção por outros arbovírus, mas que tenham por objetivo o atendimento ao exame de dengue. Essas situações são reportadas à Divisão de Vigilância Ambiental e, dependendo da extensão, ao Ministério da Saúde.